Como transformar as dificuldades da vida em oportunidade para construir um Brasil Melhor?
Ao longo da minha vida eu tive a preocupação de colaborar com a construção de um país melhor para mim, meus filhos e netos. O que poderia ser um sonho utópico, tornou-se uma realidade. Ao partir para ação tornei-me um preso político, condenado a 94 anos e 8 meses de prisão. Essa experiência me impulsionou em minha luta.
Faço isso desde 10 de agosto de 1943, ano que nasci. Minha família traz em seu histórico uma consciência política a qual absorvi. No entanto, isso me custou caro. Estive por muitos lugares, estive na clandestinidade, estive dependurado no pau de arara em uma sala com muitos torturadores e assassinos. Senti medos e angústias.
Nestas décadas mudei muito, mas não mudei de lado. Fiz da luta pelos direitos humanos uma de minhas bandeiras. Não carrego arrependimentos, nem lamentações, carrego apenas a tristeza de não ter podido fazer um pouco mais. Carrego uma dor imensa de não ter podido com a minha geração e com apoio das universidades, ter produzido uma narrativa que inibisse muitos jovens de hoje a clamar pelo retorno de uma ditadura militar.
Refleti muito, aprendi que a humildade e a determinação são virtudes que podem e devem ser preservadas e cultivadas pela vida toda. E qual é o meu papel? Preparar uma nova geração sempre pronta a lutar pelo Brasil justo, democrático e livre.
Teias da Solidariedade é um Perly Cipriano em guarda contra a morte, combinando o futuro com os que compartilharam de seus sofrimentos físicos após o desastre de carro em que perderam a vida o dirigente petista Otaviano de Carvalho e a jornalista paulista Bete Lima que, como ele, participavam de uma caravana política do ex-presidente Lula no Espírito Santo. Apesar de ter saído do acidente entre a vida e a morte, com queimaduras de primeiro, segundo e terceiro grau por todo o corpo e regado a dor, Perly levou o episódio para dentro do campo político, motivado pelas convicções que norteiam todas as suas atitudes, inclusive com a qual fez a travessia do movimento estudantil para o Partido dos Trabalhadores - Rogério Medeiros
Quando a história pessoal se apossa da memória; quando a geografia do passado é revisitada e invade o presente, pode-se resgatar o que vale a pena no sertão de cada um. Já são três décadas de uma sólida e prazerosa amizade. Perly é do bem. Solidário, inquieto, humanista, amante da vida, das coisas, do mundo, da história. E bom contador de histórias. Lendo o “Vai quem Quer”, vê-se que o Perly sessentão é o mesmo da primeira infância - Nilmário Miranda
Aqui se narra - por dois de seus protagonistas, Gilney e Perly - uma aspecto de um determinado instante galvanizou a nação e a luta pela Anistia. A greve de fome nacional dos presos políticos em apoio à luta pela Anistia Ampla, Geral e Irrestrita. Detonador de seu momento maio? Coroação de um processo de luta? Ou mera manifestação de esquerdismo ou aventureirismo inconsequente? Isso é história e esse livro foi feito não como quem narra uma história, mas com quem e como quem a vive. E quem a vivei, reviverá. - Luiz Eduardo Greenhalghda primeira infância - Nilmário Miranda
Perly revisita os tempos de preso político e nos mostra a vida da cadeia, é claro, com toda a complexidade e contradições que carrega, mas existe sempre, mesmo quando apenas em segundo plano, um traço de humor que sempre foi uma característica do autor. O mais importante - e talvez esteja nisto o diferencial de sua obra - é o homem, o homem que sofre, que se sente solitário, que ama, que se solidariza, que resiste, que - tão mais significativo - passa a carregar, como uma segunda pele, as grades que o contiveram. - Antônio Calos Neves
Quem passa pela Praça Costa Pereira se encanta com o edifício da década de 1920 do século passado, onde funcionou um hotel. Com foco na preservação do patrimônio arquitetônico da cidade, é um local para preservar a memória de várias pessoas que lutaram e lutam pela democracia brasileira, como Perly Cipriano, Rogério Medeiros, dentre outros. É um espaço para difusão da cultura local e de resistência contra os movimentos reacionários.
Rua Sete de Setembro, 20, 2º pavimento, Centro, Vitória/ES.
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